27 de junho de 2022
Uma nova pesquisa do Instituto de Políticas de Transporte e Desenvolvimento (ITDP) apontou que Fortaleza lidera o ranking das cidades onde as pessoas vivem mais próximo à infraestrutura cicloviária, com cerca de 51% dos habitantes morando a menos de 300 metros de alguma ciclovia ou ciclofaixa. Vitória, no Espírito Santo, aparece na segunda posição, com 33.2%, seguido por Belém, no Pará, com 31%. As demais capitais brasileiras não ultrapassaram a marca de 30%.
O resultado é reflexo da constante expansão de espaços exclusivos para circulação de bicicletas. Atualmente, são 412.5 quilômetros de infraestrutura cicloviária que estimulam a utilização do modal, sendo 64 km implantados na gestão do prefeito José Sarto. A expectativa é alcançar os 500 km até 2024.
“Todo esse investimento da Prefeitura na malha cicloviária vem oferecendo cada vez mais segurança e conforto para os ciclistas fortalezenses. Muitos deles utilizam esse modal para se locomoverem até o trabalho e do trabalho para casa, e também como lazer, então a gestão vem fazendo o seu papel incentivando esse meio de transporte, que é benéfico não só para o cidadão, mas também para o nosso planeta”, ressaltou Ferruccio Feitosa, titular da Secretaria da Conservação e Serviços Públicos (SCSP).
Dentre as últimas implantações, estiveram a da Rua Barbosa de Freitas e a do Parque Rachel de Queiroz. Ainda está prevista uma próxima implantação que compreenderá a Rua Cônego Lima Sucupira, na Parangaba.
"Além de sustentável e econômica, a bicicleta é um meio de transporte que tem se tornado cada vez mais seguro com a expansão das ciclofaixas e ciclovias. Em 2013, tínhamos apenas 68 km de malha dedicada a esse modal. Hoje, esse número é seis vezes maior, o que acaba incentivando as pessoas a deixarem o carro em casa e optarem pela bike", reforça Antônio Ferreira, superintendente da Autarquia Municipal de Trânsito e Cidadania (AMC).
A bicicleta é um modo de transporte barato, sustentável e eficiente. Infraestruturas seguras para a circulação de ciclistas podem incentivar a substituição de modos mais poluentes e caros pelo uso de bicicletas. “Quanto mais pessoas próximas de infraestruturas para pedalar com segurança, mais teremos ciclistas nas ruas”, reforça o superintendente.
Incentivo ao modal cicloviário
As políticas públicas de incentivo ao modal cicloviário seguem avançando em Fortaleza. O Bicicletar, sistema público de bicicletas compartilhadas, tem 192 estações em diversos bairros da cidade, somando mais de cinco milhões de viagens desde o início de suas atividades, em dezembro de 2014. Há ainda a versão infantil do projeto, o Mini Bicicletar, com 11 estações, e o Bicicletar Corporativo, que é voltado exclusivamente para os servidores municipais.
Além dessa iniciativa, quem pedala também pode desfrutar todos os domingos da Ciclofaixa de Lazer percorrendo diversos pontos turísticos da cidade em três rotas disponíveis. As pessoas com deficiência, por sua vez, podem vivenciar a experiência de pedalar com equipamentos acessíveis por meio do programa Bike sem Barreiras, realizado em parceria com a Uninassau.
Fortaleza dispõe ainda de 859 para paraciclos pela cidade, quatro bicicletários nos terminais de integração e 20 parapés, elementos inovadores que servem como suportes de pé e mão para o ciclista se apoiar ao parar em um semáforo.